estudo longitudinal
No segundo texto, o estudo tende a se concentrar no contexto atual, que sem dúvida mudou bastante e em vários sentidos em relação àqueles tempos cada vez mais remotos e nos indaga com uma pergunta bem interessante: “será que a escola se tornou obsoleta?” Com esta premissa como pano de fundo, a análise tem em vista um componente vital dessa maquinaria, cuja modelagem constituiu seu principal objetivo: os corpos e as subjetividades para os quais essa instituição foi criada, no momento de sua invenção e durante gradativa consolidação.
Um primeiro desdobramento da questão que nos guia pode ser o seguinte: que tipos de corpos e de subjetividades a escola tradicional produziu em seu apogeu? Este trajeto indagatório é fundamental, mas sobretudo porque em sua meta cintilam os nós problemáticos que privilegiaremos aqui: que tipo de modos de ser e estar no mundo são criados agora, no despontar da segunda década do século XXI? Como, por que e para quê? De que tipo de escola – ou de que substituto dela – necessitamos para alcançar esse objetivo?
Voltando ao primeiro texto, M. Foucault nos fala sobre a invenção da disciplina. Ele nos diz que a disciplina evoca um duplo processo de saber e poder: apresentar determinado saber à criança e produzir estratégias para mantê-la nesse saber. A disciplina é, então um modo de exercer o poder, uma