Estudo em uma instituição de longa permanencia
1- ENVELHECIMENTO: CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E SOCIAIS O envelhecimento populacional é um fenômeno novo na humanidade. A noção de velhice como etapa diferenciada da vida surge no período de transição entre os séculos XIX e XX, no qual várias mudanças convergiram em diferentes discursos que acabaram reordenando o percurso da vida e gerando condições para que o seu surgimento ocorresse. Deste modo, alguns fatores são evidenciados como fundamentais e determinantes para esse processo: o declínio da mortalidade; diminuição da natalidade; vacinações sistemáticas; saneamento básico e principalmente os avanços e interesses da medicina que começaram a investir sobre o corpo envelhecido permitindo que as pessoas pudessem viver cada vez mais (Silva, 2008). Segundo Lima et al (2010), através de todo o mundo, hoje, os idosos são a parcela da população que mais cresce. No Brasil, a década de 70 caracterizou-se pelo “boom” da velhice. A população com mais de 60 anos passou de 4,7 milhões (5% do total) em 1970 para 20 milhões. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que esse número continue aumentando consideravelmente nos próximos 50 anos. Em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso. Entretanto, a importância da população idosa para o país não apenas se circunscreve à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam (Lemos et al, 2011). Então, pode-se dizer que a população de idosos no Brasil vem passando por um processo de crescimento e de maior representatividade social e econômica de acordo com os dados do último Censo Demográfico, os quais nos colocam diante das