Estudo dos montes na escrituras sagradas
O presente artigo tem o objetivo de apresentar e discutir, a partir dos nomes dos principais montes na Bíblia, as relações existentes entre esses nomes próprios, o contexto bíblico em que estes aparecem e as características sociais dos indivíduos apresentados pelos relatos na Bíblia. Dessa forma, procura-se destacar o quanto o nome de um determinado monte estabelece uma relação direta com o contexto bíblico em que ele aparece, além de apresentar importantes relações com grupos sociais que o utilizam e com a própria geográfica bíblica. serão considerados, conforme a ordem que aparecem nos relatos bíblicos, os seguintes montes: Monte Ararate, Monte Mória, Monte Horebe, Monte Sinai, Monte Carmelo, Monte Gilboa, Monte Tabor, Monte Basan, Monte Pisga e Monte Hermon.
Monte Ararate: e a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os Montes de Ararate. (Gênesis 8:4)
Após um grande e intenso período de chuva, as águas do dilúvio diminuem e a arca, construída por Nóe, ‘’pousa’’ sobre os ‘’Montes de Ararate’’. Segundo alguns estudiosos, “Ararate” foi bem adaptado pra ser o berço da raça humana, visto que na arca havia apenas oito pessoas, Nóe, esposa, três filhos e três noras, os quais deveriam “frutificar, multiplicar e encher a terra’’ (Gênesis 9:1). Além disso, Ararate teria sido adaptado para ser o centro do qual os homens podiam partir para as várias partes do mundo.
Monte Moriá: E disse: toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas que eu te direi. (Gênesis 22:02).
É no Monte Moriá que se passa um dos episódios mais lembrados entre os relatos bíblicos: o angustiante sacrifício de Isaque, que deveria ser realizado por seu próprio pai, o grande patriarca Abraão. Depois de muito tempo desejando um filho, Sara, esposa de Abraão, já com 90 anos, dá a luz a um menino, chamado Isaque, que, segundo a