Estudo do folclore no brasil

Os Estudos de Folclore no Brasil

Maria Laura Cavalcanti, Myrian Lins de Barros, Luis Rodolfo Vihena, Marina de Mello e Souza

Este texto delineia questões preliminares acerca dos estudos de folclore no Brasil. A reflexão aconteceu nas décadas de 1930 a 1950, onde se propõe a examinar a construção desse campo de estudo a partir de suas categorias internas.

Os autores determinam como “ estudo de folclore no pai” um conjunto de obras intelectuais r de iniciativas institucionais que começam por volta de 1870, na geração intelectual de Silvio Romero e chegam até 1960, que refere-se à criação da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro (CDFB), ligada ao então Ministério da Educação e Cultura em 1958.

A análise da obra e da influencia de três personagens caracteriza a descrição do período até 1945, são eles: Silvio Romero (1851-1914) que domina os primeiros passos destes estudos; Amadeu Amaral (1875-1929) e Mario de Andrade(1893-1945), representam tendências renovadoras no estudo do folclore.

Em 1947, a UNESCO organiza a Comissão Nacional de Folclore, onde no artigo reúnem as características comuns dos três autores citados. As principais idéias nele constroem-se uma versão da historia dos estudos de folclore no país que tomamos como ponto de partida. O presente texto expressa uma primeira aproximação dessa área de estudos, procurando captá-la a partir de seus próprios referenciais.

O primeiro item indica a constituição do interesse pelo folclore no contexto europeu dos séculos XVIII e XIX, examinando brevemente as formulações dos antiquários e do romantismo, do qual os estudos de folclore no Brasil são herdeiros, estão entre as formas de conhecimento que indagam sobre a natureza peculiar do “ser” brasileiro.

Como nas demais áreas de conhecimento, a trajetória dos estudos de folclore na Brasil mantém relações com debates do contexto intelectual europeu. Os primeiro folcloristas brasileiros movem-se