Estudo do cenário de biossegurança do brasil com ênfase na atuação do exército brasileiro diante de um surto de influenza a h5n1
Otavio Augusto Brioschi Soares, Erivelto Vilela Filho
A história documenta que o vírus Influenza provoca prejuízos sanitários e econômicos há séculos podendo ser considerado um dos patógenos que mais impactou a história recente da humanidade. Somente no século passado três pandemias alastraram-se pelo globo: a gripe espanhola em 1918, a gripe asiática em 1957 e a gripe de Hong Kong em 1968, a primeira levando a índices estimados de morbidade mundial de 25% e de 20 a 40 milhões de óbitos, além de grave desordem social. No ano de 2005 houve a iminência de uma nova pandemia, a partir da circulação de um novo tipo de vírus Influenza com elevada patogenicidade: a Influenza A H5N1 ou gripe aviária, que foi controlada por diversas ações conjuntas de biossegurança, propagadas por atores globais e regionais.
Estas pandemias iniciam-se quando uma das muitas das variantes do vírus Influenza que circulam entre pássaros selvagens ou domesticados, sofre mutações e recombinações em seu material genético e passa a infectar seres humanos, emergindo por vezes com alta morbidade e letalidade. Por estas características, pela alta transmissibilidade e importância do vírus Influenza, seu comportamento é largamente estudado pela comunidade científica e seu controle permanece um desafio para órgãos técnicos e governamentais responsáveis.
Em sua história recente o Exército Brasileiro vem sendo requisitado pela sociedade para atuar em operações em prol da saúde e em apoio à defesa sanitária, como é o caso de programas de vacinação em áreas remotas e combate a diversas enfermidades, zoonoses ou não, como a aftosa, o cólera, a dengue e a febre amarela. Esta demanda emana das funções constitucionais da Força, sua nacionalidade e sua presença em todo o território nacional.
Diante deste cenário o presente trabalho visa discutir o nível de preparo do Brasil