Estudo dirigido Paula Sibilia
Texto Paula Sibília - Eu narrador e a vida como relato
1 – Defina a concepção de pacto de leitura, em Philippe Lejeune, a partir do texto.
Para Philippe Lejeune, o pacto de leitura é o que diferencia as obras autobiográficas das demais. Este pacto consiste na seguinte questão: antes do leitor ler a obra ele se propõe a acreditar que o narrador, protagonista e autor da história possuem a mesma identidade. Diante disso, a história se configura.
2 – Porque todo relato autobiográfico, íntimo, confessional, é em uma narrativa que conjuga ficcional e não ficcional?
A internet ilustra muito bem a questão dos usos bibliográficos e “confessionais”, pois o eu que fala e se mostra repetidamente pela internet tende a ser Tríplice: personagem, autor e narrador. Além do mais, todavia, não abandona a denotação ficcional, porque apesar de sua contundente auto-evidência, é sempre frágil o estatuto do “eu”. Mesmo que se apresente “como o mais insubstituível dos seres”, e “ a mais real em aparências e realidades”, este “eu’ é uma unidade bastante complexa. Uma unidade construída na linguagem, a partir de um fluxo diversificado e em muitas vezes caóticos da experiência individual. Portanto, na internet, o sujeito é ficcional e não ficcional pois quando ele se expõe, se mostra do jeito que quer, de uma maneira pré-intencionada. Com uma boa roupa, uma boa iluminação e até mesmo uma maquiagem, essa pessoa fala coisas agradáveis e bonitas, e ao mesmo tempo deixa de falar outras. Ou seja, esta pessoa é real, todavia apresenta diversos traços ficcionais.
3 – Defina a natureza intersubjetiva dos relatos do eu. Essa natureza se embasa em relatos que a partir de experiências a desperta. A natureza intersubjetiva dos relatos do eu catalisa um incrível fator capaz de não só testemunhar, mas de também organizar e até mesmo conceder realidade à própria experiência. Tecendo e “realizando” consequentemente a vida do eu.
4 – Explique três