Estudo de Coorte
Nos dias atuais, muitas pesquisas estão sendo realizadas no campo da epidemiologia. Para tais pesquisas, a sistemática predominante de raciocínio é a lógica indutiva, mediante a qual, partindo-se de um certo número de dados, estabelece-se uma proposição mais geral. Temos como exemplo, uma situação onde a partir da observação de alguns pacientes, portadores de uma mesma doença, é possível se estabelecer a epidemiologia dessa doença.
Para realizar as investigações, os estudos são divididos em descritivos (informam sobre a freqüência e a distribuição de um evento) e analíticos (investigam em profundidade a associação entre dois eventos, a fim de estabelecer uma explicação na relação observada entre tais eventos); Estudos experimentais (produz uma situação artificial para pesquisar o tema escolhido) e não-experimentais (refere-se a pesquisa de situações que ocorrem naturalmente). Dentro dos estudos não-experimentais, encontra-se o Estudo de Coorte, foco do nosso trabalho.
No estudo de coorte, formam-se, pelo menos, dois grupos (os “expostos” e “não-expostos”, de modo que os resultados possam ser comparados.
Trata-se de pesquisa em que um grupo de pessoas é identificado e a informação pertinente sobre a exposição de interesse é coletada, de modo que o grupo possa ser seguido, no tempo, com o intuito de determinar quais de seus membros desenvolvem a doença, em foco, e se esta exposição prévia está relacionada a ocorrência desta doença (PEREIRA, 2008). A exposição não é aplicada aleatoriamente. Ela pode ser guiada por vários critérios, entre eles, o voluntariado, as circunstâncias do momento e a decisão do investigador. No decorrer do nosso trabalho iremos esclarecer alguns pontos acerca desse tipo de estudo, como por exemplo, a forma como os participantes são escolhidos, como se dá a exposição aos fatores, o acompanhamento dos participantes e seus efeitos, vantagens, limitações, modalidades de estudo e a comparação entre o ensaio clínico