estudo de caso
PSICOLOGIA HOSPITALAR
Aluna: Monica Gardes Dombroski
Estudo de Caso:
Maria, 54 anos, ensino médio, aposentada, divorciada, evangélica, mãe de dois filhos, de 34 e 25 anos, o mais velho é homem e a segunda é uma mulher. Avó de dois netos. Dona Maria está internada há 7 dias com quadro de hipertensão sistêmica grave, cardiopatia grave com previsão de cirurgia cardíaca. Foi solicitado da equipe médica avaliação psicológica em virtude do seu “nervosismo”. Ao abordar dona Maria, esta diz que o seu nervoso é porque não aguenta mais ficar no hospital, que esta é sua terceira cirurgia, não recebe visitas familiares e está preocupada com a sua aposentadoria para pagar suas contas pessoais, quando questiono o que a angustia mais, esta se emociona e começa a chorar. Afirma: “O medo de morrer na mesa de cirurgia, vão abrir meu coração de novo”. Repito: “Vão abrir meu coração de novo, dona Maria?”. Ela chora mais ainda afirmando não ter sido boa mãe: “Meu filho brigou comigo, quase me agrediu fisicamente e há dois anos não fala comigo, minha filha que já é mãe da minha primeira neta inventou que é homossexual, onde foi que eu errei? Antes de morrer os dois estão brigando pela herança, nenhum dos dois ainda vieram me visitar”. Questiono se a mesma quer falar um pouco da sua vida, esta diz que casou muito cedo: “Me perdi, engravidei e tive que casar, meu marido bebia muito e me batia muito, nos separamos depois de quase vinte anos de sofrimento, talvez eu já tivesse problema de coração, mas como morava na roça, descobri muito tarde, após meu primeiro infarto, por isso que tive que vir morar na cidade”. Questiono se teve outros companheiros, a mesma afirma que sim, mas um pior que o outro. Questiono se além dos filhos, quais são os membros da família dela mais próximo, afirma que tem oito irmãos, porém todos largados. Contava apenas com a sua mãe, com quem vive em conflito, seu pai, falecido por problemas cardíacos. Nesse