Estudo de caso
O caso analisado é a Revista Caras.
Seu discurso simbólico retrata a vida real, representando-a num jogo de imagens que a aproxima da ficção. A revista utiliza uma narrativa jornalístico- ficcional, em que simula algo próximo da realidade através da reprodução de cenas e rituais do cotidiano.
É fato que a era das celebridades criou um mundo de representações, onde aparência e a realidade se confundem o tempo todo. Mas até o surgimento de Caras, esse mundo não tinha um canal em que pudesse se expor, se expressar e se revelar em toda a sua complexidade, resultado de uma ultura voltada para o consumo e a realização imediata, efêmera. Caras, a seu modo, organizou esse mundo através da linguagem, da forma narrativa e do tipo de foto que elegeu para estar em suas páginas. Numa palavra,criou uma cultura da qual se alimenta ao mesmo tempo em que a nutre através de publicações ,que vende cerca de 300 mil exemplares por semana e que gera milhões em lucro á mesma.A revista mergulhou fundo na vida privada, nos fatos do cotidiano, mas organizou tanto esse universo, manipulou-o tanto, que terminou por criar um ambiente nem público, nem privado, que só existe em suas páginas, onde a vida (ou um tipo de vida) corre em perfeita harmonia. É um jogo de imagens, em que verdadeiro e falso,aparência e realidade, real e imaginário se fundem para formar algo que é o reflexo do tempo midiático que estamos