Estudo de caso com base em Marilda Iamamoto e Ricardo Antunes
Escola de Ciências Sociais e Aplicadas
Curso de Serviço Social
Disciplina: Acumulação Capitalista e Questão Social Professora: Adriana Alice Gomes
Estudo de Caso
“Rita, 21 anos, reside na comunidade de Campo Grande, com sua mãe, o padrasto, seis irmãos menores, e sua filha, em casa alugada. Apenas Rita e o padrasto trabalham, provendo, com o que ganham o sustento da família que conta com uma renda familiar mensal de mais ou menos de R$ 800,00 (oitocentos reais). Rita trabalha desde 15 anos de idade, como manicure e faxineira. Abandonou a escola no ensino fundamental. Foi mãe precocemente e o pai da criança não assumiu a paternidade. Informou que possuí como objetivo voltar a estudar e se qualificar para tentar uma oportunidade de trabalho melhor e oferecer uma vida digna a sua filha e seus irmãos”.
Casos como o de Rita, mulher, inserida no mercado de trabalho de maneira informal com as unhas e as faxinas que faz para complementar a renda da família infelizmente, se repetem diariamente nos quatro cantos do Brasil, (Antunes, 2009. pp. 105). Rita reside numa comunidade carente em Campo Grande, onde há carência de praticamente tudo e as expressões da questão social são múltiplas e com diversas peculiaridades que não seria exagero se disséssemos que a favela, hoje denominada “comunidade carente” para fins anti-segregatórios de fato consistiria em uma “nova senzala”. São tantos os aspectos, que confirmam este conceito, que se faz necessário entender a gênese do surgimento de tal problemática situação e sua relação com o descaso do poder público para com estes indivíduos aqui representados por Rita e sua família. Indivíduos estes, que se localizam na base da pirâmide social em termos de acesso a condições básicas de sobrevivência, mas que como contribuintes se misturam homogeneamente sem distinções dos demais. Rita e seu padrasto pertencem á um grupo denominado por (Antunes, 2009: pp.101) como: “A classe