estudo da vida
A partir da década de 1980, os bailes funk do Rio de Janeiro começaram a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, o miami bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas.2 As primeiras gravações de funk carioca eram versões desse gênero musical.2
As rádios passaram a dedicar espaço em sua grade horária para os sucessos feitos no ritmo funk. Um dos mais famosos foi a regravação de uma canção de Raul Seixas, o "Rock das Aranhas"2 . A ela, se juntaram outras paródias de gravações de cantores de latin freestyle (servindo de inspiração para o funk melody) como Stevie B, Corell DJ, entre outros MC's.1 Um dos raps (ou "melôs", como também eram chamados) que marcaram o período mais politizado no funk carioca foi o "Feira de Acari", que falava sobre a "Robauto", a feira de peças de carro roubadas realizada no bairro de Acari.2
Ao longo da nacionalização do funk, os bailes - até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital do estado do Rio de Janeiro - expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Neste meio, surgiu DJ Marlboro, um dos vários protagonistas do movimento funk. Com o tempo, o funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, pois as músicas tratavam do cotidiano dos frequentadores, abordando a violência e a pobreza das favelas.
Anos 1990
Com o aumento do número de raps/melôs gravadas em português, apesar de quase sempre se utilizar a batida do miami bass, o funk carioca começou a década de 1990 criando a sua identidade própria. As suas letras refletem o dia a dia das comunidades ou fazem exaltação a elas (muitos desses raps surgiram de concursos de rap promovidos dentro das comunidades). Em consequência, o ritmo ficou cada vez mais popular e os bailes se multiplicaram. Ao mesmo tempo, o funk começou a ser alvo de ataques e