ESTUDO DA CRASE
Para que haja crase (que é o nome do fenômeno, não do acento!) é necessário que existam duas vogais de mesma natureza. Em termos mais práticos, haverá crase sempre que tivermos: a, as (artigos); a, as (pronomes demonstrativos); a (preposição) + aquele(s), aquela(s), aquilo (pronomes demonstrativos); a qual, as quais (pronomes relativos). 1) Preposição + artigo:
Ø O artigo a não pode ser usado:
Antes de palavras masculinas:
Ex.: Gosto de andar a cavalo, mas Marina prefere andar a pé.
Antes de verbos:
Ex.: O réu não teve nada a declarar.
Antes de grande parte dos pronomes:
Ex.: Em relação a este processo, eu já falei a você tudo o que penso.
Obs.: Há pronomes que aceitam o artigo, como senhora, senhorita, dona, entre outros. Quando isso ocorre, o fenômeno da crase pode ocorrer normalmente.
Antes de nomes de cidades:
Ex.: Vou a Araçatuba, mas não irei a Tupã.
Use a fórmula:
Vou à, volto da = crase há! Vou a, volto de = crase para que?
Ex.: Vou a São Paulo, depois irei à Bahia. volto de SP volto da Bahia
Entre palavras repetidas:
Ex.: “Quando te encarei frente a frente, eu não vi o teu rosto.” (Caetano Veloso)
Ø Diante de palavra feminina, o artigo deve concordar também em número com a palavra (a menina, as meninas):
Ex.: Não me refiro a pessoas estranhas. Não me refiro às pessoas estranhas.
Na prática, um outro truque que pode ajudar é substituir a palavra feminina por um sinônimo no masculino: se a forma masculina pedir o uso de ao, a correspondente no feminino usará a crase. Por exemplo:
Estava em frente ao portão.
Estava em frente à porta.
Ø Casos em que sempre ocorre crase:
· Em expressões indicativas de horas
Ex.: Estarei lá às duas horas.
Com a expressão “à moda de”,