Estudo (análise) do livro O cortiço - Aluísio Azevedo
Ao ser lançado, em 1890, "O Cortiço" teve boa recepção da crítica, chegando a obscurecer escritores do nível de Machado de Assis. Isso se deve ao fato de Aluísio de Azevedo estar mais em sintonia com a doutrina naturalista, que gozava de grande prestígio na Europa. O livro é composto de 23 capítulos, que relatam a vida em uma habitação coletiva de pessoas pobres (cortiço) na cidade do Rio de Janeiro. O romance tornou-se peça-chave para o melhor entendimento do Brasil do século XIX.
Seguindo esta ideia, neste trabalho, iremos justamente, destacar os pontos básicos da obra naturalista o Cortiço, retratando a história do autor, a características do Naturalismo, e especificadamente a obra.
1. O autor
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857. Ali fez seus estudos, até ir para o Rio de Janeiro, com dezenove anos de idade, a chamado do irmão mais velho, o comediógrafo Artur Azevedo. Na Corte, valendo-se de seu talento como desenhista e de seu espírito crítico, trabalhou como caricaturista em jornais políticos e humorísticos. Com a morte do pai, que era vice-cônsul português em São Luís, voltou para a cidade natal e colaborou na imprensa de oposição com sátiras sobre o conservadorismo do meio maranhense. Lutou contra a escravatura, as injustiças sociais, o obscurantismo do clero, a estrutura repressiva da sociedade. Seus artigos lhe valeram um processo criminal movido por representantes da Igreja.
Em 1881, publicou o romance O Mulato, obra que introduziu o realismo naturalista no Brasil. No livro, retrata o preconceito racial corrente nas famílias ricas da província. Isso irritou a tal ponto a sociedade de São Luís, que ele resolveu mudar-se para o Rio. Lá, procurou profissionalizar-se como escritor e, de 1882 e 1895, escreveu sem interrupções romances, ao lado de escritores como Coelho Neto e Olavo Bilac. Desencantado com a carreira de escritor, abandonou a literatura