estudar
Para ele, esse momento era "Zaratustra começa",o Meio-dia, o despertar para o zênite do pensamento; para por fim ao erro mais antigo da filosofia, quer dizer,a distinção entre aparência e realidade,através da invenção da ideia de dois mundos contrapostos.
O mundo verdadeiro - inatingível? De qualquer modo, não atingido. E, enquanto não atingido, também desconhecido. Conseqüentemente tampouco consolador, redentor, obrigatório: Ao que é que algo de desconhecido poderia nos obrigar?...
(Manhã cinzenta. Primeiro bocejo da razão. O canto de galo do positivismo.)
5.
O "mundo verdadeiro" - uma idéia que já não serve mais para nada, que não obriga mesmo a mais nada - uma idéia que se tornou inútil, supérflua; conseqüentemente, uma idéia refutada: suprimamo-la!
(Dia claro; café da manhã; retorno do bom senso e da serenidade; rubor de vergonha de Platão; algazarra dos diabos de todos os espíritos livres.)
6.
Suprimimos o mundo verdadeiro: que mundo nos resta? O mundo aparente, talvez?... Mas não! Com o mundo verdadeiro suprimimos também o aparente!
(Meio-dia; instante da sombra mais curta; fim do erro mais longo; ponto culminante da humanidade;
INCIPIT ZARATUSTRA.5)
MORAL COMO
CONTRANATUREZA
1.
Todas as paixões têm um tempo em que são meramente nefastas, em que aviltam suas vítimas com o peso da estupidez; e um tempo posterior, muito posterior, em que se casam com o espírito, em que se
"espiritualizam". Outrora, em virtude da estupidez na paixão, combatia-se a própria paixão: conjuravase