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Ana Paula de Almeida Andrade
TEXTO 1: Origem e Evolução do Pensamento Científico
Entende-se por pensamento científico o ato de pensar, refletir ou meditar, tendo como objetivo o conhecimento. Neste contexto, pode-se dizer que as raízes do pensamento científico se encontram na Grécia
Antiga, onde Ciência e Filosofia conviviam misturadas e cooperando entre si, por meio da atividade de reflexão e meditação, na busca pelo conhecimento da verdade absoluta. Impulsionada pelas reflexões dos gregos antigos, a prática do pensamento científico adquire uma forma mais expressiva ao final da Idade
Média. As transformações vividas nos séculos XVI e XVII, e, sobretudo, o Renascimento científico e cultural, trouxeram à humanidade novas concepções a respeito do ser humano, da vida, da natureza, das artes, da filosofia e da ciência. Neste cenário, desenvolveu-se uma crescente preocupação em diferenciar a ciência das pseudociências e das especulações metafísicas, fazendo emergir novas correntes de pensamento com seus respectivos métodos que estipulavam as regras do bom pensamento científico. Assim afloraram as correntes de investigação científica, denominadas racionalismo (de Descartes) e empirismo (de Galileu e
Bacon), ambas embasadas na concepção mecanicista da natureza. A partir de então, desenvolveram-se as matemáticas e as técnicas de observação e experimentação, dando início a toda uma transformação científica e social. Neste contexto, ocorre o surgimento das ciências modernas com toda sua diversidade e multidisciplinaridade. É nesta fase que as principais ciências naturais e sociais estabelecem os seus paradigmas e surgem as grandes descobertas científicas. Estas, por sua vez, fizeram emergir novas teorias científicas, abrindo caminho para novas correntes de pensamento científico, como o criticismo Kantiano, a dialética Hengeliana, o positivismo de Comte, o marxismo, a fenomenologia de Husserl, o existencialismo de Sartre e o neopositivismo de Popper.