Estudante
CURSO DE DIREITO
ALUNA: RAFAELA NASCIMENTO DUTRA
DIREITO NO CINEMA:
Análise crítica sobre o filme “OSAMA”
Trabalho apresentado à Disciplina de Introdução ao Estudo do Direito I, 1º período do Curso de Direito Noturno, como requisito parcial para obtenção da 1ª nota. Prof. Elton Fogaça
SÃO LUIS
2013
A infância de uma menina, que vive sob a responsabilidade da sua mãe e da sua avó em Cabul no Afeganistão, território onde o ordenamento jurídico proíbe a vida social da mulher, foi um período de reflexão muito precoce sobre a justiça na sociedade em que estava inserida. Certamente essa criança não saberia explicar o conceito de justiça mas, de uma forma silenciosa e pacífica, concordava quando a sua carinhosa avó afirmava que “homens e mulheres são iguais”. A repressão às mulheres era uma realidade imposta pelo totalitarismo do regime Talibã, baseado no fundamentalismo islâmico que impedia, dentre outros direitos, o de sair de casa sem uma companhia masculina e de utilizar outra vestimenta que não fosse a burca. A interferência na vida dos cidadãos incluía também a proibição aos homens de cortar a barba e de portar equipamentos de vídeo ou câmera fotográfica sem prévia autorização. Para situar melhor as profundas contradições que assomavam desde muito cedo à cabecinha da pequena afegã, vamos recorrer a Kelsen que por sua vez nos lembra que a virtude está subordinada à norma - criada pelo ato de vontade de um homem ou seja, um determinado comportamento pode ser considerado bom quando está em conformidade com a lei. Entretanto, a criação de uma norma deve ter como fundamento valores como a justiça, presente em relações sociais do homem e seus semelhantes. Não é possível, no caso das mulheres afegãs, aceitar que haja virtude nas atitudes daqueles que elaboram e cumprem as leis porque, mesmo que