Estudante
O primeiro período reconhecido da Literatura Portuguesa iniciou-se por volta de 1198. O texto mais antigo conhecido é a Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós, dedicado a Maria Pais Ribeiro.
O idioma é o galego-português, forma que o latim vulgar assumira no norte da Península Ibérica. O texto escrito era menos comum que o texto oral, daí a importância da poesia, ao versificar e ritmar a fala nas cantigas e trovas.
A poesia trovadoresca
Basicamente, a poesia trovadoresca era dividida em dois grupos: a poesia lírica e a poesia satírica.
Poesia lírica
Cantigas de amor: originárias da Provença (sul da França) e trazidas por peregrinos, as cantigas de amor são poemas nos quais o trovador declara seu amor a uma dama inacessível; por vezes, a morte é considerada como solução para a dor causada pela paixão.
Cantigas de amigo: urgidas em Portugal, são uma variação das cantigas de amor, em que uma mulher sofre pela ausência do amado. Foram escritas por homens e possuem várias subdivisões.
Poesia satírica
Cantigas de escárnio: textos com duplo sentido, em que se teciam críticas indiretas, veladas.
Cantigas de maldizer: são críticas abertas e violentas; o texto muitas vezes é obsceno e/ou erótico.
Os principais nomes conhecidos do Trovadorismo são D.Dinir (Rei de Portugal), Paio Soares de Taveirós, Martim Codax, Fernando Esguio, João Garcia de Guilhade, D.Afonso Mendes de Besteiros e João Zorso.
A poesia trovadoresca encontra-se reunida nos chamados cancioneiros. Os mais importantes são o Cancioneiro do Convento da Ajuda (reúne 340 poemas); o da Biblioteca Vaticana (tem 1.205 cantigas, incluindo a obra completa de D.Dinis) e o da Biblioteca de Lisboa ou Nacional (1.647 poemas).
Momento histórico
A queda do Império Romano e a ascensão dos povos bárbaros levaram ao surgimento de uma nova época: a Idade Média, normalmente dividida em Alta Idade Média (séc. V ao VIII) e Baixa Idade Média (séc. IX ao XV), que ostentou uma cultura que era