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1 INTRODUÇÃO
Síndrome dos Ovários Policísticos é um desarranjo neuroendócrino reprodutor que afeta de 4% a 10% das mulheres em idade reprodutiva (aproximadamente entre 12 e 45 anos). Foi inicialmente descrita por Stein e Leventhal em 1935, sendo identificada por alterações hormonais. A mulher ao invés de produzir um único folículo no ovário, acaba formando vários folículos, fazendo com que esses se acumulem e, não liberem óvulos (FARIA, 2013).
A patologia atinge o eixo hipotálamo-hipofisário, glândulas suprarrenais, tecido adiposo, tecido muscular e os ovários, podendo ser caracterizada pelos seguintes sintomas: alteração anatômica dos ovários aumentando o volume bilateral, com cápsulas espessadas e esbranquiçadas e com múltiplos cistos; perturbações menstruais, podendo ser oligomenorréia ou amenorreia sendo, portanto, caracterizado por períodos menstruais infrequentes, ausentes e/ou irregulares; altos níveis de hormônios androgênios causando hirsutismo, acne, alopecia androgênica; infertilidade; manchas de pele no pescoço, braço, seios ou coxas, as quais podem ser marrons escuras ou pretas; marcas na pele e; hiperinsulinemia.
Seu diagnóstico é feito por exclusão, os médicos consideram todos os sinais que o paciente demonstra e excluem outras possíveis doenças, para alcançar uma conclusão. No The National Institute of Health Consensus Conference foi formulado o primeiro consenso com relação ao seu diagnóstico. Já em 2003, a European Society of Human Reproduction and Embryology/American Society of Reproductive Medicine, formulou o Consenso de Rotterdam. E também possui o consenso elaborado em 2006 pela Androgen Excess and PCOS Society (AE-PCOS Society). (SPRITZER, 2014)
Nenhum dos consensos substitui o outro, entretanto, as principais teorias, se complementam, expandindo o número de fenótipos possíveis para a síndrome. Todos os consensos concordam que um dos precedentes