Estudante
Com a intenção de produzir um “novo saber” sobre o ensino de história e também as contribuições, responsabilidades e práticas que correspondem ao (duplo) ofício do historiador- educador, os organizadores do livro tendem a uma construção de pensamento crítico sobre a formação do currículo escolar também das suas transformações, e a discussão da própria noção de história do ensino de história nos conduz a uma reflexão sobre 1) as demandas sociais que rodeiam nossas escolas; 2) o lugar da própria disciplina no currículo escolar, e seu caráter produtivo, social e cultural; 3) quais foram os atores que constituíram a formação desse conhecimento. Segundo a autora, o historiador/educador (o professor de história, por exemplo) deve “refletir a história de sua disciplina e interrogar os diferentes sentidos do trabalho histórico, inclusive as forças que estruturam o modelo educacional que está inserido, compreendendo assim as razões que levaram assim a profissionalização de seu universo acadêmico”. Assim, também como educador, o mesmo poderia entender os desafios de seu tempo e participar de maneira crítica para a construção de uma escola atenta e atuante às realidades sociais que a englobam. Assim, a prática pedagógica (experiência) como fator para formação tanto do educador quanto do aluno, aliada a pesquisa histórica, que contribui para a formação de um pensamento crítico e que o situem no campo interdisciplinar da “História da Educação”. Tema este, que foi se transformando ao longo do século XX, esse processo se deve a um “fenômeno de reestruturação do espaço científico e dos sistemas nacionais de ensino, deu uma nova pertinência social e acadêmica ao trabalho histórico em educação”. No Brasil, apenas nas últimas décadas têm se feito avanços no