Estudante
A indexação, em economia, é um sistema de reajuste de preços, inclusive salários e aluguéis, de acordo com índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas inflacionárias, a indexação permite corrigir o valor real dos salários e aluguéis e demais preços da economia, reajustando-os com base na inflação passada. No entanto, a indexação automática pode realimentar a inflação futura.
Experiência brasileira
Em 1994, a inflação anual no Brasil era de quase 5.000%, e os preços subiam quase diariamente. Os salários, a fim de acompanhar os preços, também eram reajustados através do chamado "gatilho" inflacionário – que determinava uma correção automática dos valores assim que a inflação atingisse um determinado nível.
No Brasil, o Plano Real, implantado em julho de 1994, deu início à estabilidade econômica, reduzindo a inflação anual para cerca de 4%. No entanto, ainda permanece alguma indexação na economia, embora não automática. Os reajustes anuais de salários, por exemplo, ainda são negociados com base no índice inflacionário do ano anterior.
Dada a conjuntura atual de estabilidade monetária, a correção automática de contratos, via indexação, foi desaparecendo do cenário econômico brasileiro. Os preços não são mais reajustados com base na variação mensal dos índices de preços do IBGE. A inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), baixou em junho de 2006 para 4,03%. Os preços administrados, ou seja, os monitorados pelo governo federal – tais como gasolina, energia elétrica, telefonia, planos de saúde, remédios, gás de cozinha, passagens aéreas e transporte público – os quais em 1999 aumentaram 20,9%, em 2006 aumentaram somente 4,4%. Os preços administrados eram apontados como os responsáveis pelo aumento contínuo da inflação. Também, os índices de serviços não-comercializáveis (cabeleireiro, escola, aluguéis etc.), os quais de 2001 a 2005, que aumentaram entre 6 e 7%, tiveram aumento menor (4,4%) entre julho de 2005 e junho de