Estudante
Autor: Roberto Grun
No texto o autor, Roberto Grun, vem tentando esclarecer através da lógica social, os fatores causais e intrínsecos a crise financeira de 2008. Ele inicia o texto expondo duas explicações - Mackenzie e Fligstein - sociológicas alternativas para a crise e se propõe a utilizá-las para a realização de um análise critica a partir das investigações do espaço econômico e da sociedade brasileira. Mackenzie nos leva para o centro da atividade financeira, os profissionais inovadores e ambiciosos que aproveitam qualquer possibilidade de conceber novos títulos e lucra com eles. Fligstein por sua vez, nos mostra a relação entre o universo financeiro e a esfera política estrita a sociedade.
No entanto, tais teorias não têm marcado de forma necessária a sociedade, tais concepções geram construções culturais mais ou menos robustas, no sentido de permanecerem quando submetidas a debates acadêmicos, econômicos, financeiros. Mas estamos diante de aproximações e não da crise em sua totalidade. Citando posteriormente o quadro competitivo dos diversos grupos financistas, e sua diferenciabilidade na influência, na remuneração, nas possibilidades de inserções sociais etc. Ele demonstra a essência da atividade sociológica através dos enquadramentos e re-enquadramentos que a crise vem receber dessas interações sociais e cita nessa mesma perspectiva que “uma sociedade centrada no predomínio financeiro continua sendo o bom modelo de convívio da contemporaneidade”.
No caso brasileiro, toma-se por base á critica o governo Dilma em um momento em que o espaço financeiro tenta refazer a narrativa sobre as formas como no seu início a crise foi tratada pelo governo federal, re-enquadrando as medidas tomadas pelo governo, antes consideradas corajosas e virtuosas, como “gastanças promovidas por Lula para eleger Dilma. E é com bases nessas “gastanças” que há um aumento da taxa básica de juros e do