Estudante

Fundamentação teórica

A técnica projetiva de desenho da Casa – Arvore – Pessoa (House – Tree – Person, H-T-P) tem sido usada a mais de 50 anos pelos clínicos para obter informações sobre como uma pessoa experiência sua individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar. Como todas as técnicas projetivas, tal teste estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva.
O H-T-P inclui, no mínimo, duas fases. A primeira é não-verbal, criativa e quase não estruturada, que consiste em convidar o indivíduo a fazer um desenho a mão livre acromático, de uma casa, de uma árvore e de uma pessoa. Pode ser solicitado um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto ao que foi desenhado anteriormente. A segunda parte consiste num inquérito posterior ao desenho, envolvendo uma série de perguntas relativas às associações do indivíduo sobre os aspectos de cada desenho. O examinador pode seguir então, com a terceira e quarta fase do teste. Na terceira fase deve ser solicitado que o indivíduo desenhe novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa (ou duas pessoas), porém, desta vez, usando crayons (giz de cera). Na quarta fase o examinador deve fazer perguntas adicionais referentes aos desenhos coloridos.
O tempo de aplicação do teste depende do número de fases incluídas, podendo levar de 30 minutos à uma hora e meia.
Os desenhos são avaliados pelos sinais de psicopatologia existente ou potencial baseados no conteúdo; características do desenho (tamanho, localização, etc); presença ou ausência de determinadas partes e as respostas do indivíduo durante o inquérito.
Para propósitos diagnósticos, o H-T-P fornece informações que, quando relacionadas a entrevista e a outros instrumentos de avaliação, podem revelar conflitos interesses gerais dos indivíduos, bem como aspectos específicos do