Estudante
“A educação é um processo social, é desenvolvimento.
Não é a preparação para a vida, é a própria vida”.
Por John Dewey
Uma realidade e um desafio. Assim podemos definir exclusão e desenvolvimento social no Brasil, uma realidade por que ainda é exagerado e exposto o fato de que existe exclusão, e um desafio porque tornar o desenvolvimento social um fato, vai muito além da boa vontade de um grupo, seja ele de cidadãos comuns ou de governantes.
Dentre as muitas características da sociedade brasileira, uma das mais marcantes, é, sem sombra de dúvidas, o contraste no que se refere aos indicadores sociais e econômicos que fazem desta sociedade uma das mais desiguais deste mundo. Concomitantemente ao grande surto de industrialização experimentado pela economia brasileira a partir dos anos cinqüenta, e com o incremento da taxa de urbanização da população do País, sobretudo nas duas últimas décadas do século passado, observa-se uma elevação substancial dos níveis de desigualdades e de exclusão social, tanto nas suas áreas urbanas como nas suas áreas rurais.
Em nossa nação a distribuição populacional pelo território é altamente diferenciada, como se pode depreender dos dados relativos às cinco macrorregiões – Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste –, definidas em 1970 e em vigor para fins de sistematização de dados. Enquanto na região Norte (45,26% do território nacional e 5,90% da população) a densidade demográfica é de 2,39 habitantes por km2, na região Sudeste (10,85% do território e 43,5% da população) é de 73,61 habitantes por km2. Na região Nordeste (18,27% da área total e 28,5% da população), a densidade demográfica é de 29,07 habitantes por km2, e na região Centro-Oeste (18,86% da área total e 6,80% da população), bastante inferior, de 6,62 habitantes por km2. Por fim, a região Sul, a menor em termos de extensão (6,76% do território nacional) abarca 15,2% da população, o que determina uma densidade