Estudante
A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, entre os dias 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal da cidade.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação da arte: O modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos.
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret,Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros.
A Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Nota-se até as últimas décadas do século XX a influência da Semana de 22, principalmente no Tropicalismo e na geração da Lira Paulistana nos anos 70. O próprio nome Lira Paulistana é tirado de uma obra de Mário de Andrade.
Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os sapos de Manuel bandeira, o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra.
Quando Villa Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e o outro com chinelo, o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que se tratava de um calo inflamado.
Depois da Semana de arte Moderna de 1922, não há nenhum grande evento artístico cultural que tenha valorizado tanto a nossa cultura.
Os artistas se depararam com a mentalidade reinante da elite paulista controlada pelas oligarquias caffeiras e pela política do café com leite. O público habituado aos modelos estéticos europeus mais tradicionais,