Estudante

FRANÇOIS MARIE CHARLES FOURIER (1772-1837)
Charles Fourier foi um socialista utópico - francês da virada do século XVIII para o século XIX – esta inserido no mesmo grupo de Henri de Saint-Simon (1760-1825) e Robert Owen (1771-1859), mesmo criticando o pensamento destes dois tinham em comum criticas ao desenvolvimento do capitalismo industrial francês. Socialista foi um termo criado apenas nos anos trinta do século XIX quando Fourier já estava velho, e este jamais se considerou socialista menos ainda socialista utópico já que acreditava que suas ideias eram perfeitamente realizáveis. Nasceu em Besançon, na França, uma cidade fechada às ideias iluministas. Seu pai fora comerciante e durante boa parte de sua vida, mesmo demonstrando desagrado, seguiu a profissão do pai, que morreu quando ele tinha 10 anos. Com 21 anos, enquanto comerciante, fora recrutado a participar do exército rebelde, tendo suas mercadorias confiscadas pelos hospitais.
Tornou-se um descrente em relação ao modo como a luta política era praticada. Em 1807, publicou o livro “A teoria dos quatro movimentos”, onde foi chamado de louco. Em 1822 publicou o “Tratado da associação doméstica-agrícola” ou “Teoria da unidade universal”. Em 1829 publicou “O novo mundo industrial”. Teve o apoio das mulheres por coloca-las de forma igualitária ao lado dos homens.
Considerando as criticas que recebeu em vida e postumamente tem-se de Fourier uma imagem de um personagem louco, visionário, tarado, desiludido com a destinação revolucionária da França e a civilização em geral, e não a imagem de um intelectual sério. Por toda a vida independente e autodidata transformou suas desilusões não em fatalismos melancólicos da época, mas em esperança, principalmente ao conceber os falanstérios os quais chamou de “admirável mundo novo, que faria a humanidade emergir da infância civilizatória e alcançara harmonia”.
Construiu desenvoltas teorias, preconizou a liberdade da mulher, criticou ferozmente a degradação do trabalho