Estudante
! COMO PENSA O
ARQUEÓLOGO: DO
ARTEFATO À SOCIEDADE
U m a das condições mais comuns de trabalho do arqueólogo é a escavação. Costuma-se, antes de propor uma escavação, encontrar informações em documentos, em testemunhos orais, fotos e pinturas sobre possíveis ocupações antigas e, em seguida, faz-se u m r e c o n h e c i m e n t o do t e r r e n o , p o r m e i o de u m a prospecção. A prospecção é também chamada de levantamento ou survey, t e r m o inglês.
Identificados vestígios na superfície, determina-se uma área a ser escavada (o leitor encontrará mais informações sobre isso adiante, ao tratarmos das sondagens). Hoje em dia, na escavação, costumam atuar arqueólogos profissionais, voluntários aprendizes e, às vezes, operários para o trabalho mais pesado e inicial de retirada da vegetação. Usam-se pás, picaretas, colher-de-pedreiro, pincéis, mas também baldes, peneiras, cordas, fitas métricas, papel para anotações e desenhos, câmaras fotográficas entre outros equipamentos.
O estrato arqueológico é a unidade básica do seu trabalho.
Cada estrato representa uma ação humana, c o m o u m aterro, a fundação de um muro (veja figura na página seguinte). O arqueólogo define os estratos, com certa dose de subjetividade, mas sempre baseado n o que se encontra no solo. Assim, cada estrato pode ser delimitado pela sua composição material particular e corresponde à determinada atividade humana, realizada pelos usuários originais desse espaço físico, ou a uma ação natural (depósitos de aluvião, inundações etc.).
Arqueologia]
O arqueólogo deve registrar os artefatos encontrados, por meio de desenhos, de modo que se possa saber a sua exata localização.
Para isso, é necessário desenhar seções estratigráficas e planos horizontais. As seções correspondem à profundidade em que os artefatos foram encontrados e os planos, à sua distribuição espacial.
Exemple
de seção estratigráfica, com a definição das várias camadas
superpostas ao longo do