estudante
Claudio Porto *
Sumário - Em face da aceleração das mudanças tecnológicas e da globalização, organizações lucrativas e não-lucrativas têm incorporado o planejamento estratégico aos seus processos de gestão. O ponto focal da estratégia a formulação da missão e da visão leva as organizações a definirem seus objetivos de longo prazo e a alcançá-los. Este trabalho trata de algumas questões centrais do conceito de plano estratégico, assim como da complexidade e da incerteza que lhe são inerentes.
* Claudio Porto é economista e consultor em cenários, estratégia e mudança organizacional.
Sob condições de mudanças ambientais rápidas e descon tínuas, as tradições e as experiências existentes não serão mais suficientes para enfrentar as novas oportunidades e ameaças.
Sem o benefício de uma estratégia unificadora, partes diferentes da organização podem desenvolver respostas distintas, contraditórias e ineficazes. A reorientação será prolongada, turbulenta e ineficiente, podendo vir tarde demais para garantir a sobrevivência.
...Para enfrentar descontinuidades, é preciso escolher as direções certas para o crescimento futuro, dentre muitas alternativas e saber como mobilizar as energias de um grande número de pessoas na nova direção escolhida.
A resposta a essas questões representa a essência da formulação estratégica. Nessa altura, a estratégia passa a ser uma ferramenta de gestão essencial.1
Para fazer face à aceleração das mudanças externas (decorrentes em grande parte da globalização e da intensificação das mudanças tecnológicas) e às descontinuidades e complexidade delas decorrentes, uma quantidade crescente de organizações lucrativas e não-lucrativas têm incorporado o planejamento estratégico nos seus processos de gestão.
Pesquisa recente realizada pela empresa de consultoria Bain & Company2 junto a 784 executivos de diversos setores econômicos da Europa, Estados