estudante
As ilusórias vantagens de uma era altamente tecnologizada acarretam em contrapartida o desrespeito e o desgaste da liberdade humana. Que caminho tomar para resgatar no homem o que se lhe arrebatou de sua humanidade? A partir da sociedade e do Estado ter-se-á de construir um multiculturalismo democrático? Ou, ao contrário do reducionismo que se impôs à natureza humana, ter-se-á de reconhecer a autenticidade de uma natureza complexa diante de um porvir, indefinido por algum tempo mas mais autêntico?
A preocupação de estar-se sempre procurando algo “melhor”, mais
“duradouro” e mais “agradável” para dar longevidade ao homem e eternizá-lo faz com que os mais abastados se sintam superiores, buscando dominar seus semelhantes e a natureza. É o que evidenciam, por exemplo, as conquistas da história. Cada conquista, cada invenção foi um passo dado em direção ao progresso, no pretenso domínio do mundo.
No curso do tempo, uma era nova começa a delinear-se e, no século
XVIII, eclode a civilização industrial e toma vulto a cultura de massa. Pela estratégia da comunicação de massa, o objeto começa a se mitificar. O sujeito se objetiva, toma o lugar do objeto, que se subjetiva. O corpo humano, com todos os seus atributos, se racionaliza e se insere na política de consumo, passando a ser visto como mais um objeto a