estudante

JULIANA CAMARGO DE AGUIAR
PERUZZO, Cicilia Krohling. Relações Públicas no modo de produção capitalista. 2 ed. São Paulo: Summus Editorial, 1986.

Cicilia Peruzzo em “Relações Públicas no modo de produção capitalista”- sua tese de mestrado de 1981, desenvolve muitas reflexões acerca de como exercer a profissão de Relações Públicas no contexto do capitalismo. A autora vê as atividades da profissão como fundamental em sua função social, devendo contribuir com a sociedade no seu processo educativo.
No Capítulo 1, Peruzzo descreve como se desenvolveu a profissão de Relações Públicas. No início do século XX ela veio a surgir em países mais desenvolvidos, em especial dos Estados Unidos, onde começava a aparecer a oposição das empresas por parte do governo e críticos da sociedade. Ivy Lee foi o primeiro profissional a ser reconhecido pela atividade de Relações Públicas: ele abriu as portas da organização da família Rockfeller e prestou esclarecimento ao governo e líderes da comunidade, e embora, as informações fossem manipuladas, essas ações controlaram a opinião pública e as críticas da oposição.
No Brasil, surgiu o primeiro departamento de Relações Públicas com a Eletropaulo, empresa de eletricidade, em 1914. Mas é somente na década de 50 que a profissão começa a se desenvolver, primeiro com um curso de RP, que é patrocinado pela Fundação Getúlio Vargas- FGV, e depois com a criação da Associação Brasileira de RP – ABRP. Isso aconteceu porque em 1940, Getúlio Vargas deu um impulso nas indústrias de base e, também, porque os meios de comunicação de massa foram aprimorados, permitiram maior disseminação de informações, bem como a influencia da opinião pública.
Já no segundo capítulo a autora discute, através das definições, objetivo, princípios e funções da profissão de Relações Públicas, o seu caráter persuasivo e a incoerência no contexto do capitalismo. Ao comparar as relações públicas com a propaganda, percebemos que ambos têm o poder de persuasão, porém a