Estruturas Sedimentares
São feições observadas na rocha sedimentar que foram produzidas por processos físicos (correntes, ondas), químicos (concreções calcárias) ou biológicos (atividade biótica) durante ou após o processo de deposição até a diagênese. As estruturas primárias são formadas durante o processo de deposição, gerando feições geométricas e texturais como marcas de onda, estratificações cruzadas, bioturbações e entre outras, servem como um indicativo do topo estratigráfico assim como reconstrução de condições paleoambientais. Já as estruturas secundárias formam feições geradas durante a deformação metamórfica da rocha gerando, por exemplo, foliações e dobras.
1. ESTRUTURAS PRÉ-DEPOSICIONAIS Ocorrem na superfície entre as camadas antes da deposição de camadas superpostas, são interestatais e possuem origem predominantemente erosiva. Collinson & Thompson (1982) dividiram em três categorias essas estruturas produzidas pela erosão:
a) Marcas de sola, na base das camadas de granulação mais grossa em uma sucessão intercalada;
b) Pequenas estruturas como as que ocorrem em superfícies sedimentares modernas ou na superfície de acamamento de estratos antigos;
c) Grandes estruturas geralmente reconhecidas em seções verticais de sedimentos antigos;
CANAIS
Estruturas normalmente grandes, podem até mesmo exibir quilometros de largura, centenas de metros de profundidade e vários quilometros de comprimento. Encontradas em ambientes diversificados, desde planícies aluviais até margens continentais submersas.
Figura 1: Paleocanal correspondente a um meio fluvial antigo.
ESCAVAÇÃO E PREENCHIMENTO
São feições erosivas bem menores que os canais, com dimensões de decímetros a alguns metros. Ocorrem em vários ambientes, mas sempre em condições subaquáticas. Em ambientes fluviáis, representam discordâncias locais, envolvendo curtos intervalos de tempo.
As escavações são preenchidas por sedimentos detríticos que, geralemente, apresentam estratificação cruzada.