Estruturas secretoras
Estruturas Secretoras em Plantas e seu papel na defesa, com ênfase em estresses bióticos
Cristiane Ferrante Tullii Gabriel Taveira Jonas de Brito
A atividade secretora é inerente a todas as células vivas (Roshchina & Roshchina, 1993), sendo esta característica mais evidente e intensa em alguns tipos celulares. Assim, muitas células apresentam especializações decorrentes de processos de diferenciação que auxiliam ou otimizam sua atividade secretora (Carvalho & Recco-Pimentel, 2007). Algumas características citológicas comuns a estas células são paredes primárias delgadas, núcleo grande, citoplasma hialino ou denso, vacúolos pequenos e mitocôndrias numerosas, que evidenciam alta atividade metabólica (Fahn, 1979).
Para os vegetais, a secreção compreende os complexos processos de formação e isolamento de substâncias específicas em compartimentos do protoplasto da célula secretora e posterior liberação para espaços extracelulares no interior dos órgãos ou para a superfície externa do vegetal (Apezzato-da-Glória & Carmello-Guerreiro, 2006). Para o desempenho das suas funções as células das estruturas secretoras são especializadas e exibem diferentes graus de complexidade. Estas células podem estar individualizadas constituindo os idioblastos ou serem encontradas compondo estruturas multicelulares de formas variadas (Apezzato-da-Glória & Carmello-Guerreiro, 2006).
Vários tipos de classificação para essas estruturas foram propostos levando-se em consideração aspectos como: a posição que elas ocupam no corpo do vegetal (Esau, 1965; Cutter, 1978), a natureza química da substância secretada (Lüttge, 1971), sua funcionalidade e o trabalho celular envolvido no processo secretor (Fahn, 1979). De acordo com o caráter da sua secreção estas estruturas podem ser divididas em: as