Estrutura e Custo de Capital
A Coca cola, no início da década de 80 era uma empresa que possuía um nível de endividamento virtualmente próximo de zero. Quando Roberto Goizueta assumiu o cargo de CEO, uma de suas primeiras decisões foi alterar a estrutura de capital da empresa, aumentando o seu endividamento. O objetivo era beneficiar-se do menor custo do capital de terceiros, aumentando, com isto, o retorno geral dos acionistas. De fato, ao adicionar recursos de terceiros na sua estrutura de capital, a Coca Cola conseguiu reduzir o seu custo médio de capital de 16% para
12% ao ano. Em 2003 a Coca cola apresentava uma relação dívida / patrimônio da ordem de 0,41 o que demonstra a mudança de estratégia empreendida desde
1980. Entretanto, quando comparado com outras grandes organizações industriais americanas este índice ainda parece baixo: os laboratórios Elli Lilly, por exemplo, possuíam no mesmo período um índice de 0,548, enquanto na
Philip Morris o índice chegou a 1,17.
Estrutura de capital
Definições:
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Estrutura de capital corresponde à combinação de capital próprio (recursos investido pelos acionistas) e capital de terceiros (representado pelos empréstimos e financiamentos).
O capital próprio conceitualmente possui maior risco, uma vez que o mesmo só será remunerado se a empresa gerar lucro. Além disto, o capital investido em uma empresa só poderá ser recuperado via o recebimento de dividendos ou pela venda das ações, uma vez que poucas sociedades são criadas com objetivo de serem liquidadas no curto prazo.
O capital de terceiros apresenta menor risco, uma vez que os empréstimos possuem a taxa de remuneração do capital previamente estabelecida, o prazo de resgate / liquidação fixado em contrato e normalmente são acompanhados de garantias reais.
Adicionalmente, temos a questão dos impostos. O fato dos juros, ao contrário dos dividendos e lucros retidos, serem dedutíveis para efeito do imposto de renda, faz com que haja vantagens para a empresa que se