Estratégia organizacional

Estratégia Organizacional

Produto e Mercado

O setor automobilístico caracterizou-se por uma série de importantes mudanças estratégicas, durante a década de 90, em busca de novos mercados e na internacionalização de suas operações. Atualmente ele é um dos principais segmentos econômicos do Brasil, refletindo a importância que também detém no restante do mundo. Segundo dados obtidos pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos), o setor obteve faturamento líquido, em 2005, de US$ 32,6 bilhões, dos quais US$ 29 bilhões provenientes das vendas de autoveículos (passageiros, comerciais leves, ônibus, caminhões) e US$ 3,7 bilhões, da venda de máquinas agrícolas automotrizes.
A decisão de instalar-se no Brasil baseou-se na meta de expansão para mercados em desenvolvimento, particularmente no Mercosul, apesar de já participar do mercado brasileiro desde 1993 com a venda de produtos importados. Ela tinha como objetivo consolidar a sua liderança no mercado argentino (cerca 17,6% em 1998) e conquistar, no curto prazo, 6% do mercado brasileiro. Atualmente ela possui 7,2% do mercado nacional, ocupando a quinta colocação no ranking das maiores montadoras do país. Outro ponto positivo nesta migração foram os significantes benefícios fiscais concedidos pelos governos federal e estadual.
Segundo Boyer (1998), uma das estratégias para a implementação e consolidação de empresas estrangeiras, é a formação de blocos empresariais por meio de aquisição, fusão, incorporação, “joint-ventures” e associações entre empresas para pesquisa e desenvolvimento conjunto ou acordos de troca de tecnologia. Seguindo esta premissa a Renault do Brasil inaugurou a sua planta chamada Ayrton Senna em dezembro de 1998, em São José dos Pinhais – PR, e analisando sua configuração produtiva denominada “condomínio industrial” encontramos quatro de seus principais fornecedores de autopeças e outros insumos instalados dentro do terreno da fábrica. Elas operam no modelo de