Estratigrafia dos derrames da província vulcânica paraná na região oeste do rio grande do sul
ISSN 1518-2398 E-ISSN 1807-9806
Estratigrafia dos derrames da Província Vulcânica Paraná na região oeste do Rio Grande do Sul, Brasil, com base em sondagem, perfilagem gamaespectrométrica e geologia de campo
Laura Costa MARTINS , Wilson WILDNER & Léo Afraneo HARTMANN
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1. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9500, CEP: 91501-970, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: laura.martins@brturbo.com.br; leo.hartmann@ufrgs.br. 2. Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Rua Banco da Província 105, CEP: 90840-030, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: wwildner@pa.cprm.gov.br.
Recebido em 03/2010. Aceito para publicação em 02/2011. Versão online publicada em 17/10/2011 (www.pesquisasemgeociencias.ufrgs.br)
Resumo - A Formação Serra Geral ocupa uma área de cerca de 200 x 200 km na região oeste do Rio Grande do Sul e consiste de seis derrames de lavas toleíticas, que constituem a fácies Alegrete. Esse número de derrames foi constatado em mapeamento geológico, integrado com a descrição geológica e com a perfilagem cintilométrica de 19 furos de sonda efetuados para água subterrânea pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) nos anos 1983-1986. A espessura média da fácies Alegrete é inferior a 100 m, atingindo até 300 m no furo UR-13. As dunas da Formação Botucatu foram parcialmente soterradas pelo derrame Mata Olho (basalto), seguido pelos derrames Catalán (andesito), Cordillera, Muralha, UR13 e Coxilha (andesitos basálticos). As medidas cintilométricas são típicas de cada derrame,variando entre 45-120 cps, e servem como guia estratigráfico, especialmente com o uso integrado com as observações de campo e litoquímica. Este estudo apresenta uma forma de abordagem integrada entre diferentes ferramentas geológicas aplicadas à estratigrafia de basaltos, possibilitando o mapeamento