Estrategia da saude familiar
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A Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada pelo Ministério da Saúde como a principal política re-orientadora do modelo de atenção à saúde no país. Representa atenção à saúde focada na família e na comunidade, pressupondo a adequação às diferentes realidades locais, com foco na relação do trabalhador-usuário, com base no vínculo de compromisso e co-responsabilização. Isso implica em mudanças significativas na relação entre os trabalhadores de saúde e a população usuária, na estruturação dos serviços e no perfil de assistência à saúde oferecido à população, uma vez que a ESF incorporou novos elementos para a reorientação do processo de trabalho em saúde. Assim sendo, necessita de profissionais capazes de operar essas propostas inovadoras, destacando-se o uso das chamadas tecnologias leves em saúde, como o acolhimento, a produção do vínculo, a autonomização e a gestão compartilhada de processos de trabalho como orientadoras das práticas em serviços de saúde.
A capacitação de recursos humanos para o SUS é, portanto, questão essencial para a política de saúde nos níveis macro e micro da gestão. Para tanto, reorganizar as práticas de atenção à saúde significa instituir novas políticas de formação e processos contínuos de aprendizado voltados para esses trabalhadores de saúde.
A Educação Permanente, nesse sentido, aparece como um potente instrumento para enfrentar esses descompassos. O desenvolvimento consistente de ações de educação permanente pode contribuir fortemente para a superação de problemas, principalmente porque partem do cotidiano do exercício profissional, centrando no modo de trabalho e na relação trabalhador-usuário a busca por competências que possam qualificar o atendimento à população e suas demandas. A educação permanente em saúde permite, assim, a transformação do processo de trabalho e a correção desses descompassos, atendendo às necessidades do