A saúde mental na rede de atenção básica de saúde
Curso de Especialização em Saúde Pública e Serviço Social
A saúde mental na rede de atenção básica de saúde
Jandira Rocha de Jesus
Natal/RN
Junho - 2013
Introdução
Com os avanços das Reformas Sanitária e Psiquiátrica no Brasil, muitas mudanças vêm ocorrendo no setor saúde. No campo da saúde mental, certamente a maior conquista é o processo de desinstitucionalização do portador de sofrimento psíquico e a gradual implementação de serviços de saúde em meio aberto, como os CAPS, os Hospitais-dia e os Residenciais Terapêuticos.
Compreende-se por desinstitucionalização o processo de busca em “rever os saberes e práticas psiquiátricas vigentes, centradas em um paradigma racionalista, o qual tem favorecido a exclusão social das pessoas que se encontra em sofrimento psíquico” (ZERBETTO et al., 1999, p.85). Da mesma maneira, compartilhamos com CHIESA et al. (2002) ao afirmar que se utiliza a ESF, acreditando que esta tem por objetivo, a substituição e reestruturação do modelo vigente, por fugir da concepção usual dos programas tradicionais concebidos no Ministério da Saúde, ele não é uma intervenção pontual no tempo e no espaço, também não aparece de forma paralela ou vertical às atividades rotineiras dos serviços de saúde. Propõe a integração e organização das atividades em um território definido, voltado para a saúde do individuo/família e das comunidades.
Percebe-se que há uma coerência nos discursos da Estratégia Saúde da Família e nos de Saúde Mental, uma vez que estas práticas têm um olhar mais abrangente, integral do sujeito e do seu processo saúde doença. “O objeto da psiquiatria torna-se não mais a periculosidade e a doença, mas a existência sofrimento dos pacientes e sua relação com o corpo social” (ROTELLI,1990, p.30).
Nestes espaços, o