Estranhas experiências ao Oficio Cantante de Herberto Helder

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Estranhas experiências ao Ofício Cantante de Herberto Helder

Depoimento sobre a visão das oficinas de criação literária de Claudio Willer

Como poeta, sempre os textos de Herberto Helder foram de estima e apreciação por mim, assim como para todas as outras pessoas que procuram estar em contato com uma verdadeira poesia de qualidade.
Contudo, a partir dos ensinamentos e experiências adquiridos ao longo das oficinas de criação literária de Claudio Willer, mesmo não sendo uma pessoa da área de Letras, consegui ler o poeta lusitano mais depuradamente. E assim perceber que a obra do Herberto Helder é um verdadeiro repertório de inovações com que todos nós interessados temos que aprender ao longo do tempo.
Portanto relato brevemente o que pude observar como oficineiro literário.
Primeiramente, em relação ao uso antinomias, oxímoros tão necessários a uma poesia de qualidade, Herberto Helder não se contenta com pouco. Em regra, ele parte do que se entende por falsos oxímoros, mas de uma vertiginosidade dos melhores momentos do Vicente Huidobro, em seu “Altazor”.
Como exemplo dois versos do poema “As musas cegas”:
“Sou eu, uma ardente confusão de estrela e musgo”(último verso da terceira estrofe da parte V)
“E uma candeia, uma flor, uma pequena lira, podem erguer-se de um rio de sangue, sobre o mundo”(úlitma verso da segunda estrofe da parte VII)
Enfim as antinomias e oxímoros são muito presentes nele como na poeta brasileira Hilda Hilst, merecidamente comentada nas oficinas literárias de Claudio Willer.
Contudo a percepção das antinomias, oxímoros na poeta brasileira não só é menos sutil, como ela trabalha com relação as antinomias das mais complexas como a mais simples. Daí que como num primeiro momento para se perceber o uso das antinomias e oxímoros, vale a pena também ler dessa grande poeta, e nas próprias palavras do poeta Claudio Willer, pelos livros ”Da Morte", "Odes Mínimas”e “Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão”
Além do uso de antinomias e

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