Estrangeirismos
O problema do estrangeirismo tem sido muito mal focalizado. [...] Estão mal formuladas questões do tipo: o estrangeirismo é um inimigo da língua, o estrangeirismo macula a pureza do idioma. O que devemos evitar é o estrangeirismo desnecessário por ter sucedâneo à altura (BECHARA, 2005). José Carlos Santos de Azeredo é doutor em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde lecionou língua portuguesa de 1970 a 1996. Hoje, é professor adjunto do Instituto de Letras da UERJ. Azeredo não considera o estrangeirismo um problema, mas sim apenas um dos processos de neologismos. Em sua Gramática Houaiss, dedica um espaço para explicar os processos fundamentais do estrangeirismo: xenismo, “em que o estrangeiro conserva a forma gráfica de origem: [...] rack (móvel para acomodar aparelhagem de som)”; adaptações, “em que o estrangeirismo se submete à morfologia do português: checar (apurar a verdade, conferir do ing. check)”; decalques, “em que há uma tradução literal do estrangeirismo: alta costura (fr. haute couture)”; e siglas ou acrônimos, “em que se empregam as iniciais das palavras constitutivas da expressão