Ester
Ekodidé, akodidé ou okodidé como é chamado pelo povo do santo é uma pena vermelha, extraida da cauda de um tipo de papagaio africano, chamado no Brasil de (papagaio do Gabão) ou papagaio-cinzento, Pertence à espécie psittacus erithacus, denominado pelo povo Yorùbá como Odíde.
Esta pena é utilizada nos ritos de passagem, na feitura de santo e por todos eleguns, que carregam em sua testa ou no centro da cabeça, simbolizando a realeza, honra, status adquirido pelo fato dele ter se iniciado para ser um novo sacerdote dedicado ao culto daquele Orixá, possibilitando a este individuo o dom da palavra e sabedoria no novo aprendizado desta cultura chamada de candomblé.
O ekodidé representa a fecundidade, a força vital advinda do ejé pupá (sangue vermelho). Simboliza a menstruação, o poder da fecundidade feminina, a força espiritual, a renovação do asé adquirido da ancestralidade ao nascer.
Também é utilizada em rituais de confirmação de cargos hierárquicos dentro de alguns cultos afro, nas indumentárias de alguns orixás, nos oráculos como elemento potencializador, em alguns ebós e oferendas, dentro de igbás como fundamento de alguns orixás, e uma infinidade de outras utilidades dentro de diversos cultos afro.
PORQUE OXALÁ USA EKODIDÉ (A LENDA DO EKODIDÉ)
Muito tempo depois de Oduduwá chegar em Ilé Ifé , e começou adorar o culto das águas de Oxalá/ Osààlà, aconteceu que, logo no primeiro ano quando estava perto das festas, Osàálà escolheu uma senhora das mais velhas do terreiro, chamada Omón Osún, para sua roupa, adornos e apetrechos, depositando com toda benevolência nas mãos dela aquele direito especial para tomar conta de tudo que lhe pertencesse, da coroa ao sapato.
Omón Osún, por nunca ter tido um filho, criava uma menina. Dessa data por diante, ela e a menina ficaram sendo odiada por algumas pessoas que faziam parte deste terreiro e que, por inveja de Omón Osún, começaram a tramar novidades, procurando um meio qualquer para fazer