Estatística
Segunda etapa da viagem
“A economia é um estudo da humanidade na atividade comum da vida; ela examina a parte da ação individual e social que está mais intimamente ligada aos resultados e ao uso dos requisitos materiais do bem-estar.”
Alfred Marshall
Esta segunda etapa da nossa viagem pela história do pensamento econômico cobrirá um percurso bem mais curto do que o que foi percorrido na primeira etapa, pois se estenderá da metade do século XIX até a metade do século XX. Neste trajeto de um século, faremos três paradas: a primeira, na estação da Escola Socialista Marxista; a segunda, na estação da Escola Marginalista (que, para alguns analistas, se confunde com a Escola Neoclássica); a terceira parada, por fim, será feita na estação da Escola Keynesiana.
A característica mais importante desta etapa da nossa viagem reside no fato de que a ênfase da análise teórica recaiu nas questões sociais relacionadas à distribuição da riqueza. Chamarei esta fase de Pensamento Econômico Moderno (PEM) e das três escolas que dela fazem parte a forte preocupação social é evidente em pelo menos duas delas, na Socialista e na Keynesiana. Já a Escola Marginalista (e/ou Neoclássica), que não apresenta uma preocupação social tão clara, também pode ser enquadrada no Pensamento Econômico Moderno por tomar a demanda como ponto de partida de sua análise, contrapondo-se às escolas do Pensamento Econômico Antigo, muito mais preocupadas com a produção da riqueza e, portanto, com o lado da oferta da economia.
Feitos esses esclarecimentos preliminares, iniciemos esta etapa da nossa viagem.
1. Estação de partida – Escola Socialista Marxista
As primeiras idéias socialistas dos tempos modernos surgiram na primeira metade do século XIX com as propostas de Saint Simon, Robert Owen e Charles Fourier, conhecidos como socialistas utópicos. O fracasso dos socialistas utópicos em persuadir os capitalistas a aderirem a seus projetos humanitaristas