Estatistica
As necessidades que exigiam o conhecimento numérico dos recursos disponíveis começaram a surgir quando as sociedades primitivas se organizaram. Os Estados, desde tempos remotos, precisaram conhecer determinadas características da população, efectuar a sua contagem e saber a sua composição ou os seus rendimentos. Para que os governantes das grandes civilizações antigas tivessem conhecimento dos bens que o Estado possuía e como estavam distribuídos pelos habitantes, realizaram-se as primeiras estatísticas, nomeadamente para determinarem leis sobre impostos e números de homens disponíveis para combater. Estas estatísticas, eram frequentemente limitadas à população adulta masculina. O primeiro dado disponível sobre um levantamento estatístico foi referido por Heródoto, que afirmava ter-se efectuado em 3050 a. C. um estudo das riquezas da população do Egipto com a finalidade de averiguar quais os recursos humanos e económicos disponíveis para a construção das pirâmides. Há também notícia de que no ano 2238 a. C. se realizou um levantamento estatístico com fins industriais e comerciais ordenado pelo imperador chinês Yao.
Existem indícios, que constam da Bíblia, relativamente a recenseamentos feitos por Moisés (1490 a.C.). Outra estatística referida pelos investigadores foi feita no ano 1400 a. C., quando Ramsés II mandou realizar um levantamento das terras do Egipto. Também os romanos faziam o recenseamento dos cidadãos e dos bens. Eram os censores, magistrados romanos, que asseguravam o censo dos cidadãos. Uma das convenções da História é ligar a datação (a.C. ou d.C.) ao recenseamento populacional ordenado pelo imperador César Augusto. As estatísticas realizadas por Pipino, em 758, e por Carlos Magno, em 762, sobre as terras que eram propriedade da Igreja, são algumas das estatísticas importantes de que há referências desde a queda do império romano. Guilherme, “O Conquistador”, que reinou