Estatistica
Luxo. Um dos imóveis à venda em Portugal, que fará parte do feirão a ser realizado na próxima semana no Rio.
As ofertas de imóveis de Portugal são semelhanças entre o Brasil. Um palacete reformado na zona histórica de Lisboa - capital a apenas duas horas e meia de vôo de Paris e a três horas de Londres - custa o mesmo que um apartamento de três quartos no bairro do Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Adquirir uma mansão de nove quartos num resort em Cascais seria, na Cidade Maravilhosa.
Além dos bons preços, os potenciais compradores têm um incentivo a mais em Portugal. De acordo com uma lei local, em vigor desde outubro, estrangeiros que investirem em imóveis no país a partir de 500 mil (R$ 1,35 milhão) podem requerer o visto de residência para a família, com direito a livre circulação pela maior parte dos países da União Européia. A política dos vistos também tem sido adotada por outros países europeus, e aprovada sem muitas barreiras diante do Acordo de Schengen.
Neste momento, Portugal precisa de investimento estrangeiro. Quando atraímos investimento estrangeiro, isso é exportação. Quem compra casa para morar aqui vai consumir depois. É alguém que investe alongo prazo, afirma Luis Lima (Apemip).
Os preços da habitação em Portugal estão em queda há quase três anos. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Estatística, o preço médio do metro quadrado no país, a partir de dados da avaliação bancária, caiu de 1.073 em dezembro de 2011 para ¬1.026 em outubro de 2012. Em relação a dezembro de 2006, quando o valor médio do metro quadrado era de ¬ 1.245, a queda chega a 18%.
O Brasil está entre os países de nacionalidade mais representativa da população estrangeira residente na terrinha. Segundo informações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, em 2010 o Brasil representava 26,7% dessa população, seguido por Ucrânia (11%), Cabo Verde (10%), Romênia (8,2%) e Angola (5,3%). No mesmo período, a concessão de vistos