Estagio
Embora vinculados à Igreja, é fato que os jesuítas ultrapassaram em seus efeitos, os fins imediatos que visaram, pois, mais do que servir a uma obra de catequese, os jesuítas lançaram as bases para uma educação popular e uma unidade política de uma nova pátria, sendo por isso, considerados durante um período de 210 anos os únicos educadores do Brasil.
A educação jesuítica dava-se em escolas elementares, base de todo o sistema educacional de ensino, e eram nelas que os filhos de índios aprendiam a ler, escrever, contar e falar português, bem como os filhos de colonos em suas primeiras instruções.
Ainda segundo Azevedo (1960) fio publicado em 1599 pelos padres jesuítas, o Ratio Studiorum foi o plano de ensino adotado no Brasil durante o período colonial e ao qual consideramos a chave da expansão do ensino jesuítico, por ser o estatuto fundamental, não só em relação aos métodos, mas ainda devido à estrutura do sistema que apresentava, destinado ao ensino das primeiras letras, ou seja, o ler e escrever; à formação do humanista, do filósofo e do teólogo.
Assim, diante desta expansão, no século XVII possuíam os jesuítas, além das escolas para meninos e outros colégios menores, onze colégios propriamente ditos, sendo que os mais importantes e os que mais influência exerceram, foram o de Todos os Santos, na Bahia, e o de São Sebastião, no Rio de Janeiro, os quais apresentavam, inteiramente montada, a organização do ensino jesuítico.
Mesmo sendo educadores por vocação, com nos diz Azevedo, e após 210 anos contribuindo para a formação de uma cultura intelectual brasileira, o método de ensino jesuítico sente-se ameaçado pelas 16 cartas do Verdadeiro Método de Estudar, que publicado em 1746 por Luis Verney, assumiu uma enorme repercussão e passou a ser considerado