Estados de África
II. Luta dos estados de Africa Contra Ocupação Imperial
1. A resistência no Centro de Moçambique
Na Zona Centro (Manica, Sofala, Zambezia e Tete), a resistência foi feita de forma diferente, porque de um lado, existíamos estados militares e, do outro, os prazos. Foi Portugal que optou pela politica de dividir para reinar, isto é, efectuo alianças com alguns deles, criando a dissidência, para depois empreender a conquista de outros.
O estado de Barué foi a formação política que mais problemas criaram aos portugueses. Este estado resultou da degradação do estado de Mutapa, era poderoso e com grande capacidade militar. O poderio militar do estado de Barué devia-se ao material de guerra que possuía cerca de sete mil armas modernas e uma quantidade considerável de pólvora, adquirido nos mercados português e indianos em troca de Ouro e Marfim.
A 30de Julho de 1902, as forcas portuguesas, compostas por três pelotões de soldados portugueses e africanos e por dois mil soldados da reserva, invadiram o Barué. Chefes corajosos como Macombe, Hanga, Mafunda, Cambuemba, Cadendere e outros enfrentaram a força portuguesa com coragem, mas foram derrotados em 1902.
Maganja da Costa, ocupada militarmente em 1898, foi também outro foco de resistência na região centro. Nesta região, os portugueses também saíram vitoriosos devido a utilização de metralhadoras e artilharia; ao recrutamento de tropas em Angola, Inhambane, Lourenço Marques e Norte de Moçambique, tinham ainda, como reforço, cerca de trinta mil soldados Ngni; contavam ainda com o auxilio militar recebido da Rodésia e da