Estaca raíz
As primeiras patentes foram requeridas na Itália em 1952 pela Empresa Fondedile SPA; todavia a fase de maior desenvolvimento ocorreu na década de 60. A sua aplicação inicial foi aquela relacionada com o reforço de fundação de antigas edificações de pequeno porte. Em geral tratava-se de edifícios históricos e as estacas tipo raiz cumpriam os seguintes requisitos básicos:
Os equipamentos eram de pequenas dimensões, o que propiciava acesso a locais exíguos e de pé direito baixo (espaço de passagem entre 1,5 e 2,0 m) e pé – direito mínimo da ordem de 3.0 m;
A perfuração era rápida, silenciosa e sem vibração. O emprego de conjuntos movidos a eletricidade permitia a execução em locais fechados, sem os inconvenientes da fumaça oriunda do funcionamento de motores a explosão. As perfuratrizes podiam ser deslocadas ou arrastadas por operários e a tecnologia permitia atingir-se profundidade relativamente elevadas (digamos 30 m) atravessando camadas ou interferências com facilidade. Esta característica flexibilizava o dimensionamento de cargas de trabalho, determinadas muito mais pela capacidade estrutural da seção do que pela condição de suporte do subsolo. As vantagens supra - mencionadas possibilitaram um grande crescimento na utilização do produto em escala mundial. Funcionalmente a estaca tipo raiz passou a ser utilizada como solução de contenção de encostas, também em virtude de duas condições principais:
Possibilidade de execução de estacas inclinadas com orientação tridimensional, constituindo-se nos reticulados espaciais implantados em encostas ou taludes instáveis.
A concepção é aquela de uma estrutura de gravidade interna no terreno, fazendo com que o volume de solo atravessado pelas estacas, convenientemente espaçadas, trabalhasse como um muro rígido;
Resistência à tração, através da armação do fuste da estaca.
Finalmente o emprego da estaca tipo raiz generalizou-se como solução para fundações normais, com o aumento de diâmetro das