A esquizofrenia é a patologia que mais desperta atenção e interesse em psiquiatria, e também a que mais exaustivamente tem sido estudada, em inúmeros de seus aspectos e sob diferentes pontos de vista pelo fato de ser um transtorno cerebral grave, duradouro e debilitante. A esquizofrenia é uma síndrome heterogênea caracterizada por perturbações da linguagem, percepção, pensamento, atividade social, afeto e volição. Porém, sintomas prodrômicos pouco específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo, isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene, podem surgir e permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento de sintomas mais característicos da doença. A síndrome comumente começa durante a adolescência ou início da idade adulta. Apesar de poder surgir de forma abrupta, o quadro mais freqüente se inicia de maneira insidiosa e, frequentemente, prognóstico reservado, evoluindo do retraimento social e distorção perceptiva para os delírios e alucinações recorrentes. Familiares e amigos em geral percebem mudanças no comportamento do paciente, nas suas atividades pessoais, contato social e desempenho no trabalho e/ou escola. Os pacientes podem apresentar-se com sintomas positivos ( como desorganização conceitual, delírios e alucinações) ou sintomas negativos ( perda da função, anedonia, expressão emocional diminuída, concentração precária e engajamento social diminuído), devendo ter pelo menos 2 desses durante um período de 1 mês e sinais contínuos por pelo menos 6 meses para satisfazer o diagnóstico. O diagnóstico da esquizofrenia é principalmente de exclusão, exigindo a ausência de sintomas do humor significativos associados, afecção clínica relevante e uso abusivo de substâncias. As reações farmacológicas que causam alucinações, paranóia, confusão ou comportamento bizarro podem ser relacionadas com a dose ou idiossincrásicas. As causas medicamentosas devem ser excluídas em