Esquizofrenia
Orientação Familiar
Geraldo J. Ballone
O tratamento farmacológico (medicamentoso) é fundamental na esquizofrenia. Se houver uma única possibilidade, esta deve ser o tratamento medicamentoso de escolha.
O reconhecimento precoce da doença ou das recaídas e a instituição rápida do tratamento com antipsicóticos aumentam as possibilidades de se evitar a cronificação da esquizofrenia.
É muito importante que o portador de esquizofrenia seja conscientizado da doença e das etapas de tratamento o sucesso deste. O portador deve ser orientado sobre sua doença, suas características e seu diagnóstico.
A questão fundamental é saber escolher o momento adequado para essa comunicação pois, durante o surto agudo, evidentemente, será o pior momento.
A esquizofrenia é uma doença, em geral, de curso crônico. Toda doença crônica necessita de acompanhamento por tempo indeterminado. Esse acompanhamento visa identificar o curso da doença, seus aspectos evolutivos e a prevenção de recaídas. Como qualquer tantas outras doença da medicina, quanto menos recaídas ocorrerem menor será o comprometimento e as seqüelas.
PSICOSES - Orientações
Tanto o paciente quanto a família têm de ser orientados para que, aos primeiros sinais de recaída, entrem em contato com o médico.
Em determinados momentos do surto agudo ou da crise, a internação pode ser útil ou até indispensável. Em geral, são suficientes de 20 a 40 dias de internação para controlar os sintomas da expressiva maioria dos pacientes em surto agudo de esquizofrenia. Essa internação deve ser encarada e conduzida como uma alternativa de tratamento, necessária e muitas vezes indispensável, mas nunca como uma punição ao comportamento bizarro do paciente.
Apesar de a doença ser crônica e grave, ela é perfeitamente controlável na imensa maioria dos casos. O tratamento psicossocial visa à reabilitação do indivíduo, a recuperação das habilidades perdidas e sua capacitação para as atividades cotidianas