Trabalho de pscologia
Ao realizar uma revisão de diferentes teorias sobre grupo, encontramos em seus estudos duas grandes posições. A posição tradicional defendia que a função do grupo seria apenas a de definir papéis e, por conseqüência, implicaria garantir a produtividade dos indivíduos e grupos através da manutenção e harmonia das relações sociais. Outra posição, por sua vez, enfatiza o caráter de mediação do grupo, afetando a relação entre os indivíduos e a sociedade. Nesta posição prevalece a preocupação com o processo pelo qual o grupo se produz, considerando as determinações sociais presentes nas relações grupais. A partir dessa constatação e se apropriando dos avanços que algumas teorias traziam para a compreensão da experiência grupal enquanto processo, propomos algumas premissas para se conhecer o grupo:
1) o significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado dentro de uma perspectiva histórica [ itálicos nossos] que considere a sua inserção na sociedade, com suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas [ itálicos nossos] ; 2) o próprio grupo só poderá ser conhecido enquanto um processo histórico [ itálicos nossos], e neste sentido talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal [ itálicos nossos], em vez de grupo.
Ao falar em processo grupal e não em grupo ou dinâmica de grupo se posiciona, trazendo para o centro da discussão o caráter histórico e dialético do grupo. Não se trata apenas de diferença na denominação, mas uma diferença profunda no fenômeno estudado. A partir dessa perspectiva, estamos afirmando o fato de o próprio grupo ser uma experiência histórica, que se constrói num determinado espaço e tempo, fruto das relações que vão ocorrendo no cotidiano e, ao mesmo tempo, que traz para a