Esquistossomose

INTRODUÇÃO

A esquistossomose é uma doença parasitaria provocada por vermes trematódeos do gênero Schistosoma, que afetam o homem e outros animais. A parasitose chegou as Américas principalmente da África junto aos escravos muitos deles parasitados pelas espécies S. haematobium e S. mansoni, sendo esta última a única espécie que encontrou condições favoráveis para se instalar nas Américas. Schistosoma mansoni é o agente da esquistossomose intestinal ou moléstia de Pirajá da Silva, ocorrendo na África, Antilhas e America do Sul (NEVES, 2010), se fixando nestes territórios, provavelmente pela presença de hospedeiros intermediários e pelas condições ambientais semelhantes as da região de origem. O parasita, ao atingir a fase adulta de seu ciclo no sistema vascular do homem e de outros mamíferos, alcança as veias mesentéricas, as fêmeas fazem a postura a nível da submucosa, onde cada fêmea coloca na parede de capilares e vênulas aproximadamente 400 ovos por dia; cerca de 50% desses conseguem chegar à luz do intestino e posteriormente ao meio externo. S. mansoni, tem uma vida média de 5 anos embora alguns casais possam viver mais de 30 anos eliminando ovos. Os ovos colocados levam cerca de uma semana para formarem o miracídio no seu interior.
No Brasil a doença é popularmente conhecida como xistose, barriga-d’água ou mal-do-caramujo, atingindo milhões de pessoas nas regiões endêmicas que inclui o nordeste brasileiro (BARBOZA et al., 2012). Por meio de estimativas, Passos e Amaral (1998) calcularam que existiam no Brasil 2,5 milhões de portadores e que 25 milhões de pessoas estavam expostos aos riscos de contraí-la. Por outro lado, Katz e Peixoto (2000), utilizando números obtidos em levantamentos coprológicos realizados pelo mesmo órgão, estimaram em 7,1 e 6,3 milhões, respectivamente em 1996 e 1997, o número de portadores da esquistossomose no Brasil. No Brasil, 6,8 milhões se encontram infectados pelo S. mansoni, enquanto que a população sob risco de infecção é