Esquistossomose
A Esquistossomose com o desenvolvimento da agricultura passou de doença rara a problema sério. Muitas múmias egípicias apresentam as lesões inconfundíveis da esquistossomose por S. haematobium. A infecção pelos parasitas dava-se nos trabalhos de irrigação da agricultura. As cheias do Nilo sempre foram a fonte da prosperidade do Egito, mas também traziam os caracóis portadores dos schistosomas. O hábito dos agricultores de fazer as plantações e trabalhos de irrigação com os pés descalços metidos na água parada, favorecia a disseminação da doença crónica causada por estes parasitas. O povo, cronicamente debilitado pela doença, era facilmente dominável por uma classe de guerreiros que, uma vez que não praticavam a agricultura irrigada, não contraíam a doença, mantendo-se vigorosos. Estas condições permitiram talvez a cobrança de impostos em larga escala com excedentes consideráveis que revertiam para a nova elite de guerreiros, uma estratificação social devida à doença, que se transformaria nas civilizações.
A doença foi descrita cientificamente pela primeira vez em 1851 pelo médico alemão T. Bilhaz, que lhe dá o nome alternativo de bilharzíase.
O que é...
É uma doença infecciosa parasitária provocadas por germes do gênero Schistosoma, incialmente assintomática, que pode evoluir até as formas clínicas extremamente graves. É também conhecida como, “xistose”, “xistosa” “xistosomose”, “doença dos caramujos”, “barriga d’água” e “doença de Manson-Pirajá da Silva”.
MODO DE TRANSMISSÃO
É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando cercarias. A suscetibilidade ao verme é geral. Qualquer pessoa independente de sexo, cor (raça), idade, uma vez entrando em contato com as cercárias, pode vir a contrair a doença.
Ciclo Evolutivo do Schistosoma mansoni